No dia 5 de junho, a Paróquia São Geraldo Magella, localizada em Santo André, acolheu com o novo Administrador Paroquial, Padre Mário Alecio da Silva Ferreira. A missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, e contou com a presença dos seminaristas da Casa de Formação de Teologia e os fiéis das comunidades e matriz paroquial.
Logo após a saudação inicial, antes da leitura do decreto de nomeação, Dom Pedro dirigiu-se à assembleia explicando o motivo da mudança de padres. Compartilhou que, diante de uma urgência na formação presbiteral da Diocese, foi necessário nomear um novo reitor para o Seminário de Teologia. “Padre Mário já estava na casa como diretor espiritual. O Conselho de Presbíteros foi consultado e seu nome foi indicado. Depois de muito diálogo, ele aceitou”, afirmou o bispo, dirigindo-se com carinho aos paroquianos de Ribeirão Pires: “Vocês não perderam um padre, vocês o doaram. E Deus não se deixa vencer em generosidade.”
Após a explicação, o chanceler do bispado, Padre Camilo Gonçalves de Lima, realizou a leitura do Decreto de Nomeação. Como prescreve o rito litúrgico, Dom Pedro entregou ao novo administrador o Livro dos Evangelhos, sinal de que deve proclamar, viver e ensinar a Palavra com fidelidade. Em seguida, Padre Mário proclamou o Evangelho do dia.
Durante a homilia, Dom Pedro refletiu sobre a proximidade da Solenidade de Pentecostes, recordando que todos os batizados são ungidos pelo Espírito para viverem como filhos de Deus. Destacou a força do ensinamento de Jesus ao chamar Deus de Pai, revelando-nos como filhos livres, e convidou a comunidade a viver com mais unidade, superando as divisões. “Às vezes estamos reunidos, mas não unidos. Deus deseja mais que a reunião: Ele quer a comunhão entre os irmãos”, afirmou.
O bispo reforçou que a missão exige coragem, perseverança e confiança na ação do Espírito Santo, como testemunha São Paulo em suas cartas e São Bonifácio, mártir celebrado naquele dia. Recordou também os inúmeros missionários que, ainda hoje, são perseguidos por anunciar o Evangelho. Ao citar a realidade das dioceses da Amazônia, comentou que há regiões no país onde um padre só consegue celebrar missa uma vez por ano, tamanha é a carência de vocações.
Foi nesse contexto que Dom Pedro falou com admiração sobre o próprio Padre Mário. “Ele já enfrentou campos difíceis. Trabalhou na Faixa de Gaza, cercado por conflitos, onde ser padre é, literalmente, colocar a vida em risco. O Papa Francisco telefonava para ele todos os dias para que não desanimasse. E aqui, em nossa Diocese, ele aceitou mais uma missão. Isso demonstra grandeza de alma e amor pela Igreja”, destacou.
Com firmeza, o bispo ainda lembrou que o sacerdócio é serviço, não é projeto pessoal. “O padre é homem de Igreja, não de si mesmo. Ele diz sim à missão, mesmo quando ela exige renúncia. E é essa generosidade que esperamos dos futuros padres. Por isso, rezem pelas vocações, rezem pelos seminaristas e pelo novo reitor.”
Em um gesto de compromisso público, Padre Mário renovou as promessas sacerdotais, declarando diante do bispo e da comunidade seu propósito de servir com fidelidade à missão confiada. Na sequência, recebeu os símbolos próprios da missão pastoral: a chave da igreja, a chave do sacrário, a jarra batismal e a estola roxa, representando o cuidado com o templo, a centralidade da Eucaristia, a missão batismal e o ministério da reconciliação.
A paróquia também manifestou sua acolhida ao novo administrador com palavras de proximidade: “Nos comprometemos a apoiá-lo em sua missão. Que nos ajude a crescer na fé e no amor por Deus e pelos outros. Bem-vindo, Padre Mário. Estamos ansiosos para caminhar juntos.”
Em nome da Forania Santo André Leste, o Padre Alex Sandro Camilo, que até então conduzia a paróquia, deu as boas-vindas ao novo presbítero, destacando a força espiritual da comunidade e desejando um ministério fecundo. “Com o tempo, o senhor vai se apaixonando por essa paróquia. Esse povo é carinhoso, tem sede de Deus e precisa de um pastor firme, amigo e presente.”
Ao final, Padre Mário agradeceu à comunidade com palavras simples e profundas, marcadas pela fé e pela esperança. Reconheceu a dor da separação de sua antiga paróquia, mas afirmou confiar na promessa de Jesus de que “a tristeza se transformará em alegria”. Exortou os fiéis à unidade com Deus, com o novo administrador da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e entre os membros da comunidade. “A divisão é sinal de que o inimigo está agindo. A união é sinal de que Deus está presente”, disse. Por fim, afirmou seu desejo de conduzir o povo pelos caminhos da salvação com exemplo, escuta e dedicação aos sacramentos.
