Diocese de Santo André

Comunidade de Ouro Fino celebra a reinauguração de sua importante capela

Quem passar pela Rodovia Índio Tibiriça, altura do número 2.864, vai poder ver a Capela Nossa Senhora Aparecida, do Ouro Fino Paulista, cuja construção inicial data de 107 anos atrás. Dela é mantida o piso original, já que diversas reformas foram feitas, como esta de agora que foi abençoada na santa missa presidida por Dom Pedro Cipollini, na noite de terça-feira, (10/10).

As obras desta reforma levaram dez meses, fruto do entusiasmo do pároco da Paróquia Santa Luzia, a qual pertence a capela. Aliás, uma das pessoas mais felizes, ali presente era justamente, Padre Everton Gonçalves Costa, que agradeceu intensamente os fiéis que acolheram a sua ideia de reerguer a capela centenária.

A beleza e a preocupação com cada detalhe da obra também foi comentada pelo bispo diocesano: “Estive aqui, meses atrás, e pude ver a preocupação das pessoas que executavam a reforma. E posso afirmar que ficou muito bonita mesmo. Vocês estão de parabéns. Realmente vale a pena fazer o melhor para a casa do Pai celestial. Vale a pena fazer o melhor para a casa que acolhe o nome da Mãe da Igreja. Fico muito feliz com tudo que vejo aqui”, comentou, Dom Pedro.

A entrada, em procissão, da imagem de Nossa Senhora Aparecida fez com que lágrimas brotassem nos olhos de muitos fiéis que sensibilizados com a homenagem à nossa Mãe querida, se recordavam das histórias de fé que ali foram vividas, e do grande esforço da comunidade, que foi reerguer a capela.

Sua história

Numa importante pesquisa realizada pelo Padre Hamilton Gomes, quando ainda como seminarista serviu nesta Região Pastoral, podemos informar que a Comunidade de Ouro Fino (Capela Nossa Senhora Aparecida), foi a segunda a ser criada dentre as capelas da atual paróquia de Santa Luzia. A primeira autorização para a celebração da missa foi dada em cinco de agosto de 1910. Nesse tempo o padre que visitava as comunidades entre Santo André e Paranapiacaba era o Pe. Luiz Capra, CS. Consta que os missionários escalabrinianos do Ipiranga Jam visitavam a região desde meados de 1895.

O lugar “Ouro Fino” foi, de fato, um jazigo de ouro, como nos contam as fontes, que teve seus veios mais superficiais esgotados já no século XIX, quando a região pertencia à Freguesia de Mogi das Cruzes, nesse mesmo século, por determinação da província, a área foi passada à Freguesia de São Bernardo, criada em 1812 por ocasião da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem.

O lugar permaneceu eminentemente pastoril até o início do século XX quando o aumento populacional da capital paulista exigiu novos esforços no abastecimento de água, o que se concretizou pela construção da Adutora do Rio Claro, ligando as cabeceiras do Rio Tietê até São Paulo. A adutora passou ao lado da capela, pequenina, que se chamava Santa Cruz.

Foi uma região rural, mas, como todo lugar bom do interior, foi crescendo ao redor da Igreja. Outro passo importante foi dado pelo Pe. Fernando Sperzagni, CS, pároco da Paróquia São José, criada em 1911. Ele resolveu aumentar a igreja de Ouro Fino, e inaugurando a construção em 1951, sendo dedicada à Nossa Senhora Aparecida.

A antiga capela conseguiu resistir até 1989, quando precisou ser demolida.

No dizer de moradores mais antigos, o Pe. Fernando era um “molecão”, no sentido bom da palavra, que chegava e antes da missa jogava bola com as crianças, e depois iam todos para a missa. Isso cativou o povo da época.

Em 1966 a capela passou a pertencer à Paróquia Sant’Anna e em 1999 à Santa Luzia.

Atualmente o movimento na capela é grande, tendo uma festa inserida no calendário municipal, reunindo grande quantidade de pessoas, o que não é muito diferente de todos os domingos, para a missa.

É uma comunidade bastante dinâmica, que já deu duas “filhas”, as comunidades São José e Nossa Senhora das Graças. Verificam-se diversas pastorais na comunidade, que se citadas, seriam em grande número. Segundo o último senso, em 2000 moravam na região da comunidade, nos seus diversos bairros, cerca de nove mil pessoas.

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