Diocese de Santo André

Diácono José Maria deixou legado de generosidade e humildade

Na noite do dia 26 de agosto, a Diocese de Santo André comunicou o falecimento do diácono emérito José Maria Neto, aos 76 anos, para a Casa do Pai. Com um serviço dedicado ao povo e à Igreja Particular de Santo André ao longo de 16 anos, através do diaconato permanente, José Maria deixou um legado significativo que transcende a tristeza da despedida.

O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini,falou sobre o legado que o diácono deixou para o povo de Deus:

“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus hoje chamou nosso irmão o Diácono José Maria. Que ele descanse em paz e receba o prêmio de sua fé e de suas fadigas. Era muito devoto de Nossa Senhora, e neste sábado, dia dedicado a Maria em nossa Igreja, veio buscá-lo para acompanhá-lo nesta última viagem. A alma dos justos está nas mãos de Deus! Rezemos por ele e consolemos sua família. Meus sentimentos a todos os familiares (falei com seu filho) e a todos os queridos diáconos que perdem um irmão na terra e ganham um intercessor no céu.”

Além de seu serviço na Igreja, José Maria também carregava consigo a história de sua família, sendo o quarto de oito irmãos. Sua jornada nasceu em Lagoa Dourada, Minas Gerais, em 28 de julho de 1947. Uma vida que se entrelaçou com a de sua esposa, Luzia Cruvinel de Moraes Maria, com quem teve três filhos e cinco netos.

Sua jornada ministerial foi marcada por um compromisso contínuo com o aprendizado e a serviço. Formado catequista pelo ISPAC (Instituto Superior de Pastoral Catequética) e com graduações em Filosofia e Teologia, José Maria demonstrava uma busca incessante por entender sua fé e aplicá-la na vida prática. Seu chamado para o diaconato surgiu em meio a desafios enfrentados pela Paróquia Cristo Operário, inspirando-o a se tornar um ministro ordenado para auxiliar a vida pastoral da comunidade paroquial e da Igreja como um todo.

O caminho diaconal de José Maria teve marcos importantes, recebeu os ministérios de Leitor e Acólito no dia 10 de Agosto de 2004, sendo celebrante, Dom Nelson Westrupp, bispo à época e atualmente emérito. 

A ordenação diaconal aconteceu no dia 16 de julho de 2005, na celebração presidida por Dom Nelson Westrupp, na Catedral Nossa Senhora do Carmo.

Sua humildade e devoção eram evidentes para aqueles que conviveram com ele, como ressaltado por Lucas Melo:

“‘Noites Traiçoeiras” era uma de suas canções preferidas, assim como na letra, há noites traiçoeiras, problemas e sofrimento, mas Deus está contigo. Deus está contigo Zé Maria, Deus está contigo Dona Luzia e familiares. (…) Jamais vou esquecer do nosso último encontro, no leito do hospital, você chorando porque tinha saudade em servir uma Santa Missa novamente.”

Seu ministério estendeu-se por diversas paróquias, tocando vidas e desempenhando papéis variados, desde a liturgia até a caridade, a catequese e o acompanhamento de comunidades em situações desafiadoras.

Exerceu o ministério diaconal nas paróquias: Cristo Operário, na Região Santo André – Leste; São Judas Tadeu, na Região São Bernardo – Rudge Ramos; Santa Joana D’Arc, na Região Santo André – Leste; São Francisco de Assis, na Região São Caetano do Sul; e novamente na Paróquia Cristo Operário, sua igreja de origem.

Em todas as paróquias trabalhou na Liturgia, na Caridade, com vicentinos e ministros da Comunhão, atuou na Catequese de Pais e Padrinhos do Batismo, na Paróquia São Judas Tadeu, foi assistente espiritual dos Vicentinos, assessor e formador dos ministros extraordinários dos diversos ministérios e na Paróquia São Francisco de Assis, assistiu a uma comunidade de dependentes químicos.  

No dia 27 de dezembro de 2020, o diácono José Maria Neto teve sua emeritude antecipada, reconhecimento de sua dedicação exemplar ao serviço pastoral.

Enquanto a tristeza da despedida é inevitável, somos chamados a celebrar a vida e a ressurreição deste servo de Deus. José Maria Neto foi acolhido nos braços do Pai, sua jornada terrena agora culminando na alegria eterna da presença divina.

O velório e o sepultamento ocorreram na tarde de 27 de agosto, no cemitério Vila Pires, em Santo André, onde amigos, familiares e membros da comunidade reuniram-se para honrar a memória e a fé daquele que partiu, mas cujo legado permanece vivo nos corações daqueles que tiveram a bênção de conhecê-lo.

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